Santo Padre José de Anchieta

Santo José de Anchieta  – O Taumaturgo do Brasil

O século XVI ostentou grandes vultos na história da humanidade. Proveniente deste contexto medieval em que o Teocentrismo debate se com a divisão no cristianismo Ocidental entre católicos e protestantes e os apelos nascentes de expansão política e Religiosa do Cristianismo, nasce no tempo de 1534 em espaço geográfico de domínio espanhol San Cristobal de Laguna na Ilha de Tenerife, arquipélago das Canárias; e no seio familiar do basco João Lopez de Anchieta e Mência Dias Clavijo y Lorena, o Ilustre Patrono José de Anchieta.

 

Ainda em tenra idade recebeu a formação em letras junto à sua família e frequentou a escola dos frades da Ordem dos Pregadores, posteriormente matriculando se em Coimbra, Portugal, para os estudos de Humanidades e Filosofia.

 

Em 1551 ingressa na Companhia de Jesus como jovem noviço e em 1553 é enviado ao Brasil como missionário naquele momento em que há pouco havia sido erigida a primeira Diocese do Brasil, São Salvador da Bahia (1551). Cumprindo sua formação religiosa e vivenciando sua dedicada obra missionária é ordenado presbítero aos 32 anos em 1566.

 

Ainda no limiar de sua chegada ao novo mundo, no povoado de São Vicente, litoral paulista, encontrou se com os índios que seriam grandes destinatários de sua pregação e com os quais escreveu uma das mais belas sagas do Cristianismo. Para catequese daqueles considerados gentios, aprendeu a língua Tupi e com recursos poéticos, teatrais e piedosos catequisou lhes além redigir a Gramática Tupi denominada “Cartilha dos Nativos” totalmente útil à Missão dos Jesuítas, além de outras singulares obras literárias.

 

O grande missionário exerceu sua missão também com vigor político contra a escravização indígena, participando decisivamente na fundação de São Paulo e nos combates pela expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, onde também dirigiu o colégio dos Jesuítas.

 

Em sucessão ao Padre Manoel da Nóbrega foi eleito Provincial da companhia de jesus no Brasil daí empreender viagens desde Olinda Pernambuco, perpassando a Bahia com várias casas Jesuítas, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Dentre tantos méritos atribuídos ao Pe Anchieta, atento me ao chamado da Igreja Católica na América Latina para uma Nova Evangelização pelo Método da Inculturação. Entretanto já bem antes o esplendor da arte da Evangelização e da Formação Humana Inculturada já estava implantada na história do Brasil pelo Padre José de Anchieta e seus companheiros. Assim, respeitando e valorizando traços de uma cultura desconhecida lhe fizeram instrumento eficaz de sua ação. Ou seja empreenderam o grande milagre de tornar a boa nova do Cristianismo, a boa semente na linguagem e no coração de um novo povo que se formou.

 

Enfim aos 09 de junho de 1597 na Vila de Iriritibano Espirito Santo transitou para a eternidade estando sepultado em Vitória/ ES. Por seu caráter apostólico, perseverante e iluminado desde 09 de junho de 1980 foi elevado à veneração em altares como Beato da Igreja Católica por SS. Papa João Paulo II. O Padre José de Anchieta foi para os fluminenses o combatente, para os baianos o literata, para os capixabas o Missionário, para os paulistas o desbravador, para o Brasil um apóstolo e herói; e nesta colenda Academia seja portanto Um Ilustre Patrono.

 

Padre Érico Pitágoras Rocha Capelão do Marinha do Brasil
ORDINARIADO MILITAR DO BRASIL