Luís Carlos Verzoni Nejar

Filiação: Sady Nejar e Mafalda Verzoni Nejar

Data nascimento: 11 de janeiro de 1939

Natural de: Porto Alegre, RS. Brasil.

Estado civil: Casado com Elza Griffo Almeida Nejar

Procurador da Justiça.


DADOS LITERÁRIOS


  • Participou de inúmeros Congressos Nacionais e Internacionais de Literatura. Entre esses, no VI e VIII Encontro Nacional de Escritores, em Brasília, Distrito Federal (10 a 13. 09. 71 e 22 a 27. 10. 73), Primeiro Seminário de Literatura no Rio Grande do Sul (25 a 28 de setembro de 1972), II Congresso Nacional de Poesia, em Goiânia (06 a 10. 06. 73), Encontro de Escritores Latino-Americanos, em Punta Del Este, Uruguai, março de 1968.
  • É detentor do Prêmio Nacional de Poesia Jorge de Lima, do Instituto Nacional do Livro, sediado em Brasília, DF, em 1970;
  • Recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia, de 1974, da União Brasileira de Escritores (UBE), do Rio de Janeiro, com O POÇO Do CALABOUÇO, editado pela Livraria Moraes Editores, de Lisboa e considerado o melhor livro de poesia do mencionado ano;
  • A Associação Paulista de Críticos de Arte concedeu o Prêmio da melhor tradução do ano, à versão do livro MEMORIAL DE ILHA NEGRA (Vol. 1 – Onde nasce a chuva), de Pablo Neruda, São Paulo, 1977.
  • O Pen Clube do Brasil outorgou-lhe o Prêmio Luíza Cláudio de Souza, no Rio de Janeiro, para ÁRVORE DO MUNDO, em 1978;
  • A Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, RS, em 1980, concedeu-lhe, pela sua Obra, o Prêmio Érico Veríssimo, 1981;
  • A Associação Nacional de Crítica Literária, do Rio de Janeiro, outorgou-lhe o Prêmio Monteiro Lobato ao seu livro infanto-juvenil ERA UM VENTO MUITO BRANCO, editora Globo, em 1987;
  • A Associação Paulista de Críticos de Arte, de São Paulo, premiou ZÃO, editora Melhoramentos, como o melhor livro de poesia infanto-juvenil, em 1988;
  • Ganhou da União Brasileira de Escritores (UBE), do Rio de Janeiro, O Troféu Francisco Igreja, pelo livro – AMAR, A MAIS ALTA CONSTELAÇÃO, Livraria José Olympio editores, em 1991, como o melhor livro de poesia publicado no referido ano;
  • Foi bolsista, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, em viagem, a Lisboa, Portugal, no mês de outubro de 1981, a fim de organizar a ANTOLOGIA DA POESIA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA, saída no Brasil, São Paulo, pela editora Massao-Ohno, em 1982;
  • É colaborador da Revista Colóquio/Letras, de Lisboa, do Jornal de Letras, da mesma cidade, com poemas traduzidos para a Quartely Review of Literature, de Princeton, New Jersey, para a World Literature Today, de Oklahoma, USA para a Sirene, Zeitschrift für Literatur, de München, e do Dieser Tag Voller Vulcane, im Bauerhaus, da Alemanha, para a Poesia, de Carabobo, Venezuela e de inúmeras revistas e jornais do País;
  • Ocupa a vaga de Raul Bopp, no Pen Clube do Brasil, no Rio de Janeiro.
  • Pertence à Academia Espírito-santense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, Vitória, 1986;
  • Participou do Conclave O Legado da Cultura Árabe às Culturas Latino-Americanas, sobre a épica contemporânea, na Universidade de Verão Al Mu’Tamid Ibn Abbad de Asilah, em Tânger, Marrocos, de 12 a 15 de agosto de 1989;
  • É membro da ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, ocupando a Cadeira n. 4, tendo tomado posse em 9 de maio de 1989, na vaga do também gaúcho – Vianna Moog;
  • Membro da Academia Espírito-Santense de Letras, eleito em dezembro/1991, Vitória, ES, assumindo em 1992, no Palácio Anchieta, do Governo do Estado.
  • Jurado do PRÊMIO CASA DAS AMÉRICAS, em Havana, Cuba, em janeiro de 1992;
  • Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, em Vitória. Assume em 1993;
  • Recebe o título de CIDADÃO DO ESPÍRITO SANTO, da Assembleia Legislativa do Estado, em 1993. E CIDADÃO DE GUARAPARI, ES, da Câmara dos Vereadores, em 19.9.2003.
  • É escolhido para o CONSELHO NACIONAL DE INCENTIVO À CULTURA, do MINISTÉRIO DE CULTURA, na área de literatura e humanidades, pela Associação Nacional de Jornalistas, pela Academia Brasileira de Letras, pela Casa do Poeta Riograndense e pela Associação das Universidades Públicas, em 1992/ 1993.
  • É nomeado para o CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CULTURAL, do MINISTÉRIO DE CULTURA, em 1993, pela Presidência da República.
  • Foi indicado para o PRÊMIO RAINHA SOFIA DA ESPANHA, em Salamanca, pela Universidade Federal do Espírito Santo, com o apoio da Academia Brasileira de Letras, em abril de 1995.
  • Ganha, por unanimidade, O TROFÉU CASSIANO RICARDO, do CLUBE DE POESIA, de São Paulo, no seu cinquentenário, em 24 de maio de 1995, para a melhor obra de poesia publicada, nos dois últimos anos.
  • É nomeado para a Comissão preparatória da comemoração do V Descobrimento do Brasil, pelo Ministério de Relações Exteriores, com mais doze personalidades nacionais, em junho de 1996.
  • Recebe em Porto Alegre, do Senhor Governador do Rio Grande do Sul, entre outros, O Troféu Brava Gente, com a medalha de Embaixador do Rio Grande, como personalidade que elevou o nome do Esnado, nacionalmente, na literatura, em 18 de setembro de 1996.
  • Foi jurado do “Prêmio Luís de Camões”, de Literatura, em Lisboa, concedido anualmente pelo Brasil e Portugal, a con– vite do Ministério de Cultura brasileiro, em maio de 1997.
  • Foi novamente indicado para o “VI PRÊMIO RAINHA SOFIA DA ESPANHA” – Universidade de Salamanca, Salamanca, pela Universidade Federal do Espírito Santo, Academia Espírito-santense de Letras, Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, Academia Brasileira de Letras e pela Biblioteca Nacional, do Rio, em junho de 1997.
  • Foi representante do Brasil na Feira do Livro de Madrid, junto com José J. Veiga e outros, na Espanha, à convite do Ministério da Cultura do Brasil e da Biblioteca Nacional, em outubro de 1997.
  • Integrou o grupo de 36 escritores brasileiros, selecionados pelo Ministério de Cultura do Brasil e pela Biblioteca Nacional, para o X Salão do Livro de Paris, em 20 de março de 1998, onde participou de simpósio sobre a literatura brasileira, país homenageado pela França.
  • Participou, como convidado, do II Festival Internacional de Poesia, em Las Palmas, Gran Canária, Espanha, do dia 6 a 12 de maio de 1998, onde recitou seus poemas, entre grandes personalidades literárias de vários países.
  • Participou do Festival Internacional de Poesia, em Quito, Equador, com recital de poemas, entre importantes poetas da América do Sul, de 6 a 11 de julho de 1999.
  • Participou em Portugal, representando a Academia Brasileira de Letras, em novembro de 2008, na Academia de Ciências de Lisboa, Com conferência sobre Machado de Assis. Em 2009, participou da Feira do Livro, de Lisboa (maio). No mesmo ano, na “casa Fernando Pessoa”, analisou a obra de Cecília Meireles.
  • Ganhou o Prêmio do melhor livro de poesia de 1999, da Associação Paulista de Críticos de Arte, de São Paulo, com o seu “Livro de Silbion “, Ed. Hucitec, S. Paulo, 1999.
  • Foi eleito para o cargo de SECRETÁRIO-GERAL DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, assumindo a sua PRESIDÊNCIA, durante o mesmo ano de 2000.
  • Foi eleito para Academia Brasileira de Filosofia, para a Cadeira n. 50, tendo como fundador, Ernani Reichmann, Rio de janeiro, 2001, sendo o primeiro a tomar posse solene na antiga CASA DO GENERAL OSÓRIO, agora restaurada, em 1. 10. 2003.
  • Ganhou o prêmio para a melhor prosa-poética, com o romance “O Poço dos Milagres”, da Associação Paulista de Críticos de Arte, de São Paulo, 2005.
  • Escolhido para saudar o Escritor, também gaúcho, Moacyr Scliar na Academia Brasileira de Letras, em sua posse no dia 22.10.2003.
  • ESCOLHIDO PELO MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO, por ato do Senhor Presidente da República do Brasil, para o mais alto posto da Educação Nacional – CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, Brasília, 2004.
  • Foi indicado para o Prêmio Nobel, de Literatura, pelo Pen Clube do Brasil e pela Academia Brasileira de Filosofia, em 2005.
  • Recebeu a Comenda “Ponche Verde”, a mais alta do Rio Grande do Sul, pela Governadora, Dra. Yeda Crusius, em 11 de dezembro de 2010, Porto Alegre.
  • Recebeu a Grande Medalha da Inconfidência, do Governador de Minas Gerais, Dr. Antônio Anastásia, em Tiradentes, em 2010.
  • Participou do Seminário Hispano-Americano de Literatura, em Salamanca, Espanha, onde recitou poemas – de 9 a 12 de outubro de 2010.
  • Recebeu “O Troféu Guri”, da RBS, para os que se distinguiram no empresariado e na cultura, em Porto Alegre, 2011.


OBRAS DO AUTOR


LIVROS


  1. Poesia
  • SÉLESIS – Livraria do Globo, Porto Alegre, 1960;
  • – LIVRO DE SILBION – ed. Difusão de Cultura, Porto Alegre, 1963; 4ª edição, comemorando os 35 anos de publicação, editora Hucitec, São Paulo, 1999;
  • LIVRO DO TEMPO – ed. Champagnat, Porto Alegre, 1965;
  • O CAMPEADOR E O VENTO – editora Sulina, Porto Alegre, 1966;
  • DANAÇÕES -José Álvaro Editor, Rio de Janeiro, em 1969;
  • ORDENAÇÕES, editora Globo em convênio com o INL. Prêmio Jorge de Lima, do Instituto Nacional do Livro para a obra inédita, (Ordenação IV – Arrolamento), Porto Alegre, 1971;
  • CANGA (JESUALDO MONTE), editora Civilização Brasileira S/A, Rio de Janeiro, em 1971;
  • CASA DOS ARREIOS – editora Globo, em convênio com o INL, Porto Alegre, 1973;
  • O POÇO DO CALABOUÇO, coleção “Círculo de Poesia “, Livra – ria Moraes Editores, (esgotado). Lisboa, 1974. No mesmo ano recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia, para a melhor obra publicada no mencionado ano, pela União Brasileira de Escritores, Rio;
  • O POÇO DO CALABOUÇO – Editora Salamandra, Rio de Janeiro, 77; 2ª edição, 1980; 3ª edição, Editora Record, Rio de Janeiro, 1983;
  • – DE SÉLESIS A DANAÇÕES – (2ª edição dos cinco primeiros livros “Coleção Sélesis”), Ed. Quíron, em convênio com o INL, 1975;
  • – SOMOS POUCOS, Editora Crítica, Rio de Janeiro, em 1976;
  • – ÁRVORE DO MUNDO, editora Nova Aguilar e convênio com o INL, 1977; 2ª edição, Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1977. Prêmio Luí– za Cláudio de Souza, do Pen clube do Brasil, como melhor obra publicada no mencionado ano;
  • O CHAPÉU DAS ESTAÇÕES, editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1978;
  • TRÊS LIVROS: O POÇO DO CALABOUÇO, ÁRVORE DO MUNDO CHAPÉU DAS ESTAÇÕES, num só volume– Círculo do Livro, São Paulo, 1979 (esgotado).
  • OS VIVENTES, editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1979;
  • UM PAÍS O CORAÇÃO, editora Nova Fronteira, Rio de Jan., 1980;
  • OBRA POÉTICA (I) – (Sélesis, Livro de Silbion, Livro do Tempo, O Campeador e o Vento, Danações, Ordenações, Canga, Casa dos Ar– reios, Somos Poucos e o inédito, A Ferocidade das Coisas), editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1980. Prêmio Érico Veríssimo, Câ– mara Municipal de Porto Alegre, 1981.
  • LIVRO DE GAZÉIS, editora Moraes editores, “Coleção Canto Universal”, Lisboa, Portugal, 1983; Editora Record, Rio de Janeiro, 1984;
  • OS MELHORES POEMAS DE CARLOS NEJAR, editora Global, São Paulo, 1984. A 2a edição, com seleção e prefácio de Léo Gil– son Ribeiro, São Paulo, 1998;
  • A GENEALOGIA DA PALAVRA (Antologia Pessoal), editora Iluminuras, São Paulo, 1989 (esgotado);
  • MINHA VOZ SE CHAMAVA CARLOS (Antologia), coleção “petit– poa”, Unidade editorial, Prefeitura Municipal de Porto Alegre, 2a ed., em 1994;
  • AMAR, A MAIS ALTA CONSTELAÇÃO (Livro de Sonetos), Livraria José Olympio editora, Rio de Janeiro, 1991. Troféu Francisco Igreja, da União Brasileira de Escritores, Rio, no mesmo ano;
  • MEUS ESTIMADOS VIVOS (primeiro livro de papel reciclado do Brasil, edição com ilustrações de Jorge Solé). Editora Nemar, com apoio da Prefeitura Municipal de Vitória, ES, em 1991;
  • ELZA DOS PÁSSAROS, OU A ORDEM DOS PLANETAS, editora Nejarim-Paiol da Aurora e apoio da Lei Rubem Braga, Guarapari, ES, 1993;
  • – CANGA (JESUALDO MONTE), 3a edição, bilingüe (espanhol e português), tradução ao espanhol de LUIS OVIEDO, editora Nejarim-Paiol da Aurora, Guarapari, ES, 1993;
  • – SIMÓN VENTO BOLÍVAR, bilingüe (português e espanhol), tradução ao espanhol de LUIS OVIEDO, editora Age, Porto Alegre, RS, 1993;
  • ARCA DA ALIANÇA, (personagens bíblicos), editora Nejarim – Paiol da Aurora, Guarapari, ES, 1995.
  • OS DIAS PELOS DIAS (CANGA, ÁRVORE DO MUNDO e O POÇO DO CALABOUÇO), Editora Topbooks, Rio, 1997.
  • SONETOS DO PAIOL, AO SUL DA AURORA, LP&M editores, Porto Alegre, RS, 1997.
  • OS VIVENTES (com novos viventes e o Livro das bestas e dos Insetos), Editora Record e convênio com a Fundação da Biblioteca Nacional, Rio, 1999.
  • A IDADE DA ETERNIDADE, (Idade da Aurora: Invenção do Brasil; Memórias do Porão; Aquém da Infância, Elza dos pássaros ou a ordem dos planetas; e os inéditos – Livro de Vozes, Os mortos Visíveis e Rumor das Idades). Imprensa Nacional/ Casa da Moeda, Lisboa, 2000.
  • POESIA REUNIDA: I. A IDADE DA NOITE; II. A IDADE DA AURORA, editora Ateliê Editorial/ Fundação da Biblioteca Nacional, Rio, 2002.
  • (NOVA) POESIA REUNIDA – I. AMIZADE DO MUNDO; II. JOVEM ETERNIDADE, Editora Novo Século, São Paulo, 2009.
  • OS MELHORES POEMAS DE CARLOS NEJAR, Prefácio e seleção de Antônio Osório, Editora Pergaminho, Lisboa, 2003.
  • BREVE HISTÓRIA DO MUNDO (Antologia) de Carlos Nejar, com prefácio e seleção de Fabrício Carpinejar, Ediouro, Rio de Janeiro 2003.

  1. Rapsódia

  • A IDADE DA AURORA (Rapsódia), editora Massao-Ohno, São Paulo, comemorando os 30 anos de poesia do autor, 1990; 2a edição, editora Nemar e Massao-Ohno, Vitória e S. Paulo, 1991;

  1. Personae-Poemas
  • Poemas Dramáticos (Fausto, As Parcas, Joana das Vozes, Miguel Pampa e Ulisses), editora Record, Rio, 1983;
  • Vozes do Brasil (Auto de Romaria), Livraria José Olympio editores, Rio de Janeiro, 1984;
  • O PAI DAS COISAS, L& PM editores, Porto Alegre, RS, 1985;
  • FAUSTO, 2a edição. Bilingüe (português e alemão). Tradução ao alemão de KURT SHARF, editora Tchê, Porto Alegre, 1987;
  • MIGUEL PAMPA, 2a edição, editoras Nemar e Massao-Ohno, Vi– tória e São Paulo, em 1991;
  • TEATRO EM VERSOS (reunião num volume, com prefácio de Antô nio Hohlfeldt), de Miguel Pampa, Fausto, Joana das Vozes, As Parcas, Ulisses, Fogo Branco (Vozes do Brasil), O Pai Das Coisas e o inédito – AUTO DO JUÍZO FINAL OU DEUS NÃO É UMA ANDORINHA, edição da Funarte, do Rio de Janeiro, 1998.

  1. Prosopoemas
  • MEMÓRIAS DO PORÃO, livraria José Olympio editora, Rio de Janeiro, 1985;
  • AQUÉM DA INFÂNCIA, editora Nejarim – Paiol da Aurora (comemorando os 35 anos de poesia), Guararapi, ES, 1995.
  • Odysseus, O Velho – Ed. Companhia editorial, Porto Alegre, livro de luxo, 2010.
  • OS VIVENTES, Ed. Leya, 3ª edição, 2011.

  1. Infanto-Juvenis
  • JERICÓ SOLETRAVA O SOL & AS COISAS POMBAS, editora Globo, Rio de Janeiro, 1986;
  • O MENINO-RIO, 2a edição, editora Mercado Aberto, Porto Alegre, RS, 1985;
  • ERA UM VENTO MUITO BRANCO, editora Globo, Rio de Janeiro. 1987. Prêmio Monteiro Lobato, da Associação Brasileira de Crítica Literária, Rio, 1988. Esgotado.
  • A FORMIGA METAFÍSICA, editora Globo, Rio de Janeiro, 1988;
  • ZÃO, editora Melhoramentos, São Paulo, 1988. Prêmio como o melhor livro infanto-juvenil, da Associação Paulista de Críticos de Arte, 1989;
  • O GRANDE VENTO (com ilustrações de Cristiano Chagas), em forma de quadrinhos, Edições Consultor, Rio de Janeiro, 1997. – TUMIN, O PASSARINHO – 2a edição – Editora Global, São Paulo, 2002
  • ÁGUAS QUE CONVERSAVAM, Ed. Escrituras, S. Paulo, 2002.

  1. Romances (Transficção)
  • UM CERTO JAQUES NETAN, Coleção Aché dos “Imortais da Literatura”, S. Paulo, 1991; Editora Record, Rio de Janeiro, no mesmo ano;
  • O TÚNEL PERFEITO, editora Relume-Dumará e UFES, Rio de Janeiro, 1994.
  • CARTA AOS LOUCOS, editora Record, Rio de Janeiro, 1998. 2ª edição. Ed. Novo Século, S. Paulo, 2008.
  • RIOPAMPA, Ed. Eclesia, São Paulo, 2000. Prêmio Machado de Assis, para o melhor livro de ficção do referido ano, da Biblio– teca Nacional. Jurados; Autran Dourado, Heitor Cony e Ildásio Tavares.
  • ULALUME, editora Blumt, Rio de Janeiro, 2001.
  • O SELO DA AGONIA, (LIVRO DOS CAVALOS), editora Razão Cultural, Rio, 2002.
  • O LIVRO DO PEREGRINO, editora Objetiva, Rio de janeiro, 2002.
  • O LIVRO DO PEREGRINO, ed. Pergaminho, Lisboa, 2002.
  • A ENGENHOSA LETÍCIA DO PONTAL, ed. Objetiva, Rio, 2003.
  • O POÇO DOS MILAGRES, Ed. Bertrand, Rio, 2004. Prêmio do melhor romance em prosa poética pela Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, 2005.
  • JONAS ASSOMBRO, Editora Novo Século, São Paulo, 2008.

  1. Ensaios

  • O FOGO É UMA CHAMA ÚMIDA (REFLEXÕES SOBRE A POESIA CONTEMPORÂNEA), “Coleção Afrânio Peixoto”, edição da Aca– demia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro, 1995.
  • ESCRITOS COM A PEDRA E COM A CHUVA, “Coleção Afrânio Peixoto”, Academia Brasileira de Letras, Rio, 2000.
  • CADERNO DE FOGO – 2a edição, editora Escrituras, 200O.

  1. Antologias e Livros (Onde estão incluídos seus poemas)
  • HISTÓRIA DA LITERATURA BRASILEIRA, Ediouro, 2007, Rio.
  • No prelo, ampliada e atualizada aos nossos dias HISTÓRIA da Literatura Brasileira, editora Leya, S. Paulo, 2010, 2ª edição.
  • A NOVÍSSIMA POESIA BRASILEIRA, organizada por Walmir Ayala, série 2ª Cadernos Brasileiros. Rio de Janeiro, 1962.
  • OS CEM MELHORES POEMAS BRASILEIROS DO SÉCULO. Seleção de Italo Moriconi. Editora Objetiva, Rio, 2001.
  • OS CEM MELHORES POETAS BRASILEIROS DO SÉCULO. Seleção: José Nêumanne Pinto. Geração Editorial, S. Paulo, 2001.
  • CEM ANOS DE POESIA –organização de Claufe Rodrigues e Alexandra Maia, vol. II, págs. 127-129-Verso edições –Rio, 2001.
  • RIO GRANDE DO SUL, UM PAÍS O CORAÇÃO. JORNADAS LITERÁRIAS DE PASSO FUNDO – Vinte anos de História. – organizado por Luís Coronel, págs. 39-49-poesia, LP&M, Porto Alegre– Passo Fundo-RS, 2001.
  • ANTOLOGIA DO SUL – organizada por Dilan Camargo, edição da Assembleia Legislativa do Rio Grande, Porto Alegre, 2001.
  • RIO GRANDE DO SUL – PORFÓLIO POÉTICO E SENTIMENTAL – organizado por Luís Coronel, com poemas em CIDADES GAÚCHAS e em Pampa Gaúcho, Exitus Publicidade Ltda, Porto Alegre, RS, 1996.
  • ANTOLOGIA: CINQÜENTA POEMAS ESCOLHIDOS PELO AUTOR – Ed. Galo Branco, Rio de Janeiro, 2004.
  • ANTOLOGIA DA POESIA BRASILEIRA. Organizada por Mariazinha Congílio. Universitária Editora, São Paulo, 1999.
  • LA POESÍA BRASILEÑA EN LA ACTUALIDAD, organizada por Gilberto Mendonça Teles, Editora Letras, Montevideo, 1969;
  • DOIS POETAS NOVOS DO BRASIL – (Antologia com Armindo Trevisan), “Círculo de Poesia”. Editora Moraes editores, Lisboa, Portugal, 1972;
  • BRASILIANISCHE POESIE DES 20. JAHRHUNDERTS (POESIA BRASILEIRA DO SÉCULO XX), organização, tradução e estudos de Curt Meyer-Clason. Deutsches Taschenbuch Verlag, Berlim, Alemanha, 1975;
  • LATEINAMERIKA – STIMMMEN EINES KONTINENTS. Antologia da Literatura Latino-Americana, com organização, tradução e estudos de Gunter W. Lorenz. Erdmann, Editorial Basiléia, Alemanha, 1974;
  • ANTOLOGIA DO CÍRCULO DE POESIA (organizada por Pedro Tamen), Livraria Moraes editores, Lisboa, Portugal, 1977;
  • CINCO POETAS GAÚCHOS – Antologia, Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1977;
  • LAS VOCES SOLIDARIAS (organização e tradução de Santiago Kovadloff). Editora Calicanto. Buenos Aires, Argentina, 1978;
  • POEMAS – tradução de Perez Só, in Poesía n. 42, Valencia, Carabobo, Venezuela, 1978;
  • ANTOLOGIA DA LITERATURA RIO-GRANDENSE CONTEMPORÂNEA, organizada por Antônio Holfeldt, vol. 2, L& PM editores, Porto Alegre, 1979;
  • WORLD LITERATURE TODAY, Formely Books Abroad. Tradução de Richard Preto Rodas. University of Oklahoma, USA, vol. 53, Winter, 1979;
  • HISTÓRIAS DO VINHO – L& PM editores (vários colaboradores), Porto Alegre, 1980;
  • TREE OF THE WORLD (ANTOLOGIA), tradução e seleção do Dr. Giovanni Pontiero. New Directions, USA. An Internacional Anthology of Prose & Poetry n. 40, 1980;
  • “LA CONSTRUCTION DE L´ AURORE”, -LIVRO DE SILBION, traduit par Raymond Farina, Champ Vallon, France, in Le Nouveau Recueil, setembro/novembro /2002.
  • ANTOLOGIA DA NOVÍSSIMA POESIA BRASILEIRA, organizada por Gramiro de Matos e Manuel de Seabra. Livros Horizonte, Lisboa, Portugal, 1981;
  • A POESIA BRASILEIRA DO SÉCULO XX –Dos modernistas à atualidade. Organizada por Jorge Henrique Bastos. Editora Antígona, Lisboa, Portugal, 2002.
  • VON DER GRAUSAMKEIT DER DINGE (A FEROCIDADE DAS COISAS), GEDICHTE, bilingüe, tradução de Kurt Scharf, editora Jung und Jung, Viena e Salzburg, Áustria, 2002.
  • POEMS FROM CANGA (Antologia), tradução e seleção do Dr. Giovanni Ponteiro, Latin American Literature and Arts. Review n. 28, january/april 1981;
  • YOKE (CANGA) – JESUALDO MONTE, tradução de Madeleine Picciotto. Quartely Review of Literature. Poetry Series III. Edited by T & R. Weiss. Volume XXII. Princeton, New Jersey, USA, 1981;
  • A IDADE DA ETERNIDADE, organizada por Antônio Osório. Editora Gota de Água. Porto, Portugal, 1981;
  • DIESER TAG VOLLER VULCANE. Tradução e seleção de Kurt Sharf. Verlag im Bauerhaus, Alemanha, 1984;
  • POETAS CONTEMPORÂNEOS, organização e seleção de Henri – que L. Alves. Roswitha Kempf editores, São Paulo, 1985;
  • ANTOLOGIE DE LA POÉSIE BRESILIENNE -tradução e seleção de Bernard Lorraine, Éditions Ouvrières. Dessin et Tolra. Paris, 1986;
  • SAVRMENA PAEZIJA BRAZILA (ANTOLOGIA DA POESIA BRASILEIRA). Seleção e tradução ao iuguslavo por André Kisil. Kruncsevac – Bajdala, 1987;
  • FAUST (em edição bilíngue português-alemão), tradução de Kurt Sharf. Ed. Tchê. PAlegre, RS, 1987;
  • ANTHOLOGIE DE LA NOUVELLE POÉSIE BRÉSILIENNE. Presention de Serge Borgea. Tradução e seleção de Marcella Mortara e Maria Rosa de Aguiar. Éditions l ‘Harmattan, Paris, 1988;
  • A PAZ – ANTOLOGIA DE POETAS E PINTORES. Fundação Banco do Brasil e Spala Editora, Rio, em português/inglês, 1990;
  • VAN DER GRAUSAMKEIT DER DINGE (A FEROCIDADE DAS COISAS). Tradução e seleção de Kurt Sharf. Sirene. Zetschrift für Literatur. München, Alemanha. April 1992; – DE AMAR E AMOR (Sete Poetas), seleção, ilustrações e edição (trabalho gráfico) do pintor Jorge Solé, Vitória, ES, 1993;
  • THE AGE OF THE DAWN (A IDADE DA AURORA), seleção e tradução de Madeleine Picciotto. Quartely Review of Literature. Poetry Series XII. T & R. Weiss, 50th Anniversary Anthology. New Jersey, Princeton, USA, 1994;
  • POEMAS DE AMOR (ANTOLOGIA), com apresentação e seleção de Walmir Ayala. Ediouro S/A, págs. 40 e 41, Rio de Janeiro, 1991;
  • PÉROLAS DO BRASIL (BRAZILIA GYÖNGYEI), tradução e seleção de Lívia Paulini. Ego. Budapest, 1993.
  • BRAZIL ISSUE (International Poetry Review) -introdução crítica, tradução de Steven F. White. University of North Carolina at Greensboro, USA, Spring – 1997.
  • VINTE POETAS BRASILEIROS – prefácio, seleção e tradução de Sílvio Castro, Ed. Veneza, Itália, 1997.
  • UN DIE BRASILIANISCHE LYRIK DER GEGENWART (Modernismo mo Brasileiro). Introdução crítica, seleção e tradução de Curt Meyer-Clason, Edition Drckhhaus Neunzehnhundert Siebenundneunzig, München, Alemanha, 1997.
  • VON DER GRAUSAMKEIT DER DINGE, trad. Kurt Scharf, editora Jung und Jung, Salzburg, Áustria, 2002.
  • SCRITTORI BRASILIANI, trad. e seleção Adelino Alepe (bilingüe), págs. 495/496, Tullio Pironti editores, Napoli, Italia, 2003.
  • ARCA DA ALIANÇA, Ed. Pergaminho, Lisboa, Portugal, 2004.
  • LA EDAD DE LA AURORA: FUNDACIÓN DEL BRASIL, versiónESPAÑOLA Y PREFACIO de VIRGÍLIO LÓPEZ LEMUS – Poeta Cubano. Doctor em Letras pela Universidad de Santiago, ed. Ateliê Editorial, S. P., 2004. – POESIA STRANIERA – PORTOGUESE E BRASILIANA – diretta Da Luciana Stegagno Picchio, La Biblioteca di Repubblica, Firenze, Itália, 2004.
  • PERFIL GRÉCIA– EM POETAS DO BRASIL, organização de Stella Leonardos, ed. Francisco Alves, Consulado Geral da Grécia, Rio, 2004.
  • TIDENS GRYNING BRASILIIENS GRUNDANDE (1990), översättning Frän GOSTA PALMER, (A Idade da Aurora: Fundação do Brasil), BL ed., Rapsodi, Suède, 2004.
  • MEI CARI VIVI, a cura de Vera Lucia de Oliveira, Francesca degli Atti, Maria Eugenia Verdager, Miltimedia Edizioni, Salerno, 2004.

  1. Antologias (que organizou)
  • ANTOLOGIA DE UM EMIGRANTE DO PARAÍSO – ANTÔNIO OSÓRIO Com prefácio e seleção de poemas. Editora Massao. Ohno, São Paulo, 1981;
  • ANTOLOGIA DA POESIA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA (A partir de Victorino Nemésio). Apresentação, seleção de poemas e dados biobibliográficos. Editora Massao-Ohno. São Paulo, 1982;
  • ANTOLOGIA DA POESIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA (A partir de 1945). Apresentação, seleção de poemas e dados biobibliográficos. Prefácio de Eduardo Portella. Imprensa Nacio – nal e Casa da Moeda, Lisboa, Portugal, 1986.

  1. Traduções
  • FICÇÕES, de Jorge Luís Borges, Editora Globo, Porto Alegre, RS, 1970. Constante de Obras Completas, Vol. I, pela mesma editora, agora em São Paulo, 1998.
  • ELOGIO DA SOMBRA, de Jorge Luís Boges (em parceria com Alfredo Jacques), Editora Globo, Porto Alegre, RS, 1971. Constante de Obras Completas, Vol. I, Ed. Globo, 1998.
  • MEMORIAL DE ILHA NEGRA (I. De onde nasce a chuva) de Pablo Neruda. Editora Salamandra, Rio, 1980. Prêmio de melhor tradução da Associação Paulista de Críticos de Arte;
  • CEM SONETOS DE AMOR, de Pablo Neruda, LP & M ed. Porto Alegre, RS, 1979. Atualmente na 33ª edição.
  • AS UVAS E O VENTO, de Pablo Neruda. LP&M editores, Porto Alegre, RS, 1980.
  • Traduziu VICENTE HUIDOBRO (bilíngue), em Antologia com Manuel Bandeira, Ed. da Academia Brasileira de Letras e da Academia Chilena da Língua, 2007. Com estudo Critico.
  • Traduziu NICANOR PARRA (bilíngue), em Antologia com Vinicius de Moraes, ed. Academia Brasileira de Letras e Academia Chilena da Língua, 2009. Com estudo critico.
  • Traduziu JUAN GUZMÁN CUCHARA (bilíngüe), em Antolo– gia com Mauro Mota, Ed. da Academia Brasileira de Letras e Academia Chilena da Língua, 2022.
  1. Livros sobre a sua obra
  • Carlos Nejar e a “Geração de 60”, Nelly Novaes Coelho, Ed. Saraiva, São Paulo, 1971.
  • A Poesia de Carlos Nejar – de Temístocles Linhares e Ernani Reichmann, Ed. da Universidade do Paraná, Curitiba, 1973.
  • O espessamento poético na poesia de Carlos Nejar, de Guillermo de la Cruz Coronado, Editora da Universidade Do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1981. – Carlos Nejar, poeta e pensador, do Dr. Giovanni Pontiero, da Universidade de Manchester, trad. de Noel Delamare, edições Porto Alegre, Divisão de Cultura, 1983.
  • A Metalinguagem na obra infanto-juvenil de Carlos Nejar – de Beatriz Abaure, Vitória, 2001.
  • Carlos Nejar, Poeta da Condição Humana, org. e seleção de Ensaios nos 70 anos do poeta, por Ri8cardo Moderno, Ed. Gramma, Rio, 2009.
  • Dicionário de citações na ficção de Carlos Nejar, do poeta e Prof. Paulo Roberto do Carmo, Ed. Batel, 2009, Rio.
  • “Geração de 60″, de Nelly Novaes Coelho, editora Saraiva, de São Paulo, 1971; ” A Poética de Carlos Nejar “, de Ernani Reichmann e Temístocles Linhares, através da Universidade do paraná, Curitiba, em 1973; “Carlos Nejar, poeta e pensador”, do Dr. Giovanni Pontiero, da Universidade de Manchester
  • (tradução do inglês, por Noel Delamare), o mesmo que verteu à língua de Shakespeare, vários livros de Clarice Lispector e José Saramago;
  • A metapoesia na obra infanto-juvenil de Carlos NEJAR, de Beatriz ABAURE, Vitória, 2001;
  • O espessamento poemático de Carlos NEJAR, de Guillermo de la CRUZ CORONADO, Éd. Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1981. Curitiba, 1973.


DADOS BIOGRÁFICOS


Luiz Carlos Verzoni Nejar nasceu em Porto Alegre, RS, em 11 de janeiro de 1939. Formado em Direito, viajou como promotor de justiça pelo interior do Rio Grande do Sul, conheceu palmo a palmo, o pampa que “avulta na sua visão poética. Testemunha de seu tempo e seu povo, Nejar – tal como Drummond (inconfundivelmente mineiro) e João Cabral de Melo Neto (inconfundivelmente nordestino) preocupa-se basicamente, basicamente, com a poesia do homem pelo homem ” (Dr. Giovanni Ponteiro, Universidade de Manchester).


Atualmente é procurador de justiça aposentado e vive no seu Paiol da Aurora, diante do mar de Santa Mônica, Guarapari, ES.


Esteve, várias vezes, em Lisboa, a convite da Fundação Gulbenkian. Defende uma nova épica na poesia contemporânea, a partir de seu O CAMPEADOR E O VENTO (1966), considerado muito importante por poetas como J. Cabral e Murilo Mendes, atingin– do a realização mais plena na IDADE DA AURORA (1990), em contato com a natureza prodigiosa do Espírito Santo, onde reside.


Nas canções de amor se caracterizou pelo seu marcante Livro de Gazéis (ou gazais). É traduzido para várias línguas e estudado nas universidades do Brasil e Exterior. A ponto de Austregésilo de Atayde observar: ” A grande reve– lação que tive de Nejar me foi feita por estrangeiros no Seminário de Tradutores de Literatura Brasileira, em Campos e ficamos surpreendidos ao ver que ele aparecia como pri– meira menção pelas figuras mais ilustres que ali acorre– ram ” (Jornal do Comércio, 4. 12. 91, Rio).


É destacado pelo crítico suiço Gustav Siebenmann, em seu Livro “Poesia y Poéticas del Siglo XX en la América Hispana y el Brasil”, (Ed. Gredos, Biblioteca Românica Hispânica, Madri, 1997), entre os 37 escritores-chaves do século, escolhidos entre 300 autores memoráveis, no período compreendido entre 1890-1990. Para o reconhecido romancista da Latino-América, José Donoso, “Nejar é um espírito pioneiro”. Foi posto, recentemente, na famosa revista da Universidade de Oklahoma, USA, “World Literature Today “, Winter – 2002 – como um dos dez mais importantes poetas brasilei– ros dos dez últimos anos. Foi escolhido pelo Ministério de Educação para o Conselho Federal de Educação – Câmara Básica, entre os especialistas de Educação no Brasil, por ato do Senhor Presidente da República do Brasil, Brasília, 2004.



DADOS PROFISSIONAIS


  • Fez o Concurso para o Ministério Público gaúcho, assumindo, assim, a função, na primeira turma, em 1963, atuando em diversas comarcas do Rio Grande do Sul, Pinheiro Machado, Bagé, Taquari, Uruguaiana, Itaqui, São Jerônimo, Erexim, Caxias do Sul, e Porto Alegre;
  • De 1965 a 1973, foi também Professor Estadual de Português e Literatura, nos seguintes estabelecimentos de ensino do Rio Grande do Sul: escola Normal Álvaro Haubert, de Taquari; Colégio Estadual São Patrício, em Itaqui; Colégio Estadual Castro Alves, em São Jerônimo; Escola Normal José Bonifácio, em Erexim; Colégio Estadual Cristóvão Mendonça, em Caxias do Sul;
  • Fez aperfeiçoamento jurídico, em Lisboa, Portugal, em 1975, a convite do Ministério de Relações Exteriores de Portugal, quando foi bolsista. Defendeu na Universidade de Lisboa, a tese – A Imputabilidade no Direito Criminal Português e Brasileiro – aprovada com parecer de louvor pelo Professor – Catedrático de Direito Criminal da dita Universidade;
  • Funcionou nas Câmaras Cíveis e Criminais, do Egrégio Tribunal de Alçada e Emérito Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, como Promotor de Alçada e Procurador de Justiça do Rio Grande do Sul;
  • Foi titular na 1ª Câmara Criminal do mencionado Tribunal de Justiça.
  • Todas as suas promoções – da primeira até a 4a entrância, bem como, a de Procurador de Justiça, foram pelo critério de merecimento, em lista tríplice;
  • Foi Assessor de vários Procuradores Gerais de Justiça, durante mais de dois anos, participando também do Gabinete de Pesquisa e Planejamento da Instituição;
  • Atuou como Curador dos Registros Públicos da Capital, no período do de dois anos, onde foi Titular, com responsabilidade de fiscal da lei e sua execução sobre todos os Cartórios de Registro de Pessoas Naturais e dos Registros Públicos, de Porto Alegre, RS;
  • Foi membro do Conselho Penitenciário do Estado e participou como membro do Conselho Curador da Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul;
  • Participou como membro da Comissão Julgadora do Concurso do Ministério Público; – Integrou o Conselho Superior e o Colégio de Procuradores do Ministério Público, tendo sido eleito por voto de sua classe, para ser um dos sete procuradores que compõem o referido Conselho, órgão diretivo máximo da Instituição, em 1986, após atuar como suplente, no ano anterior. E nessa função aposentou-se;
  • Advogado em Porto Alegre, por dois anos, no escritório do Dr. Fernando Malheiros e do Senador Nelson Carneiro. Continua, advogando, no Rio de Janeiro, atualmente.
  • Após pedir a aposentadoria como Procurador da Justiça do Rio Grande do sul, está radicado na Casa do Vento, Urca, Rio, sendo “procurador de almas, viventes e poemas”.


DADOS ESCOLARES


  • Fez os Estudos Primário, Secundário e Clássico, no Colégio do Rosário, em Porto Alegre, RS;
  • Após o vestibular, iniciou na Universidade do Rio Grande do Sul (PUC), o Curso de Letras Clássicas, não o concluindo;
  • Fez Exame de Suficiência na Universidade Federal de Santa Ma– ria, Rio Grande do Sul, tendo sido aprovado para lecionar português e literatura no 2 ciclo estadual; – Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais (Direito) na Universidade do Rio Grande do Sul-PUC, em Porto Alegre, 1962, com o registro de seu diploma no Ministério de Educação e Cultura n. 37. 221, livro D-33, fls. 41, em primeiro de março de 1963.
  • Fez Aperfeiçoamento jurídico na Universidade de Lisboa – “A imputabilidade no Direito Criminal Português e Brasileiro, Lisboa, 1975.
  • Cursou “A Escola Superior da Magistratura Portuguesa”, como “olheiro “ do Brasil e adjunto à Procuradoria da República, em Estudos avançados, Lisboa, Portugal, 1981.


OPINIÕES A RESPEITO DO AUTOR



Não deveríamos comparar obras de poetas, mas não nos é possível ficar alheios em relação àquilo que conhecemos de poetas como João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina, ou de Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência. A primeira, uma epopéia nordestina; a segunda, um épico mineiro. Ao mundo desses dois poetas, damos entrada para Carlos Nejar, poeta da geração de 60, com seu Miguel Pampa, cancioneiro gaúcho. (…) Chamo atenção para a importância e grandiosidade de Miguel Pampa, poema, poesia e teatro. A obra é, por si, um conjunto de vivências do poeta, cuja marca maior é o tempo, o vento e a valorização da vida.

(HUGO PONTES. Estado de Liberdade. Jornal “A Gazeta”. Vitória, ES. Em 20 de agosto de 1997.)



O Rio Grande não perdoa os filhos que se afastam do pampa, em busca da projeção nacional (…) Se injustiça se fez a Quintana, barrando seu merecido acesso às láureas acadêmicas, maior injustiça se faz agora na imprensa do Sul, com esta conspiração de silêncio que tenta obscurecer o nome de Nejar. Mais correto seria reconhecer-lhe, em vida, que ele ocupa hoje, ao lado de João Cabral, o lugar de maior poeta brasileiro vivo.

(SÉRGIO RIBEIRO ROSA. Jornal“Zero Hora “– Porto Alegre, RS, em 25 de junho de 1994.)



No panorama da moderna poesia brasileira, Nejar ocupa uma posição consolidado. Sob vários aspectos, na contracorrente de suas tendências mais evidentes. O poeta prefere para dialogar, as grandes vozes da lírica ocidental (Dante, Goethe, e, mais próximos, Pound e Eliot) às dos seus contemporâneos, sem esquecermos o fascínio que lhe desperta o que poderíamos denominar “discursos fundadores”: a Bíblia, a Ilíada, Os Lusíadas – não para celebrar, confortavelmente a segurança de uma origem, mas, pelo contrário, para indagar o que há aquém do zero, ou na ponta oposta do futuro, para perscrutar o que se esconde para além do invisível. Verbo dos deslimites, na coabitação de tempos antagônicos, de geografias díspares, concretas e impalpáveis (“Nos sentamos na tora de um milénio”). Verbo porta-voz dos ventos, dos abalos sísmicos, que se alça ao tom profético e místico (“Tudo é continuação de outra continuação mais inefável: Deus”), mas verbo que também sabe infletir-se na dicção intimista das canções à bem-amada Elza: “ Provados somos e o provar é um gomo / desta romã partida pelas águas. /Somos o fruto, somos a dentada / e a madureza de ir no mesmo sonho “). Mas, sobretudo, palavra movida pela paixão, pelo apelo e apego ao outro, pela solidariedade aos que, perdendo memória e identidade, a recuperam pela invenção do passado e pela promessa de um futuro forjado contra o olvido e contra o precário (…) A IDADE DA AURORA recria miticamente um Brasil de cores, sons, aromas, sob forma de uma fábula arquetípica a que não faltam traços de oralidade aliados à sofisticada trama de imagens. Nejar é também ficcionista, dramaturgo e ensaísta (…) e oferece ao leitor da língua portuguesa o melhor da obra de um dos seus mais importantes poetas.

(ANTÔNIO CARLOS SECCHIN, Revista Colóquio/Letras, n. 159/160, janeiro-junho de 2002, págs. 497, 498, Lisboa, Portugal.



Carlos Nejar is the best brazilian poetry of the last 10 years (Glauco Orlano, World Literature Today, 2002 Winter, Oklahoma University, USA. Nejar is pioneering spirit.


JOSÉ DONOSO. University Iowa Press.



Um dos maiores poetas de todo o Brasil.
(Franklin de Oliveira)



Rapsodo, com pés fincados na Tradição, capaz de construir fábulas contemporâneas. (Ildásio Tavares) Uma poesia heroicamente humanista. (Miguel Sanches Neto)



Voz absolutamente nova e de sempre.
(Ángel Crespo)



O poeta dos heróis míticos dos pampas que mostra a necessidade de maior justiça social e econômica no país.

(Earl E. Fritz)



Nejar é o espírito pioneiro.
(José Donoso)



A filosofia gnômica de Carlos Nejar, radica-se em seu gênio poético e no diálogo com seus predecessores.

(Paulo Roberto do Carmo)



Extensa no tempo, é intensa na penetração dos autores que formaram a nossa cultura, não apenas a cultura literária em si, mas o patrimônio espiritual que nos liga como nação.

(Carlos Heitor Cony)



Nejar nos prova a verdade de Goethe: o especialista é o aleijão da história. Seu texto crítico revela o poeta, é certo, mas também o filósofo, antropólogo, historiador, semiótico, sociólogo, o fino e o perceptivo psicólogo que vai buscar a alma dos autores estudados e as revela a pleno para nosso encanto, as vezes susto, sempre admiração. Ai está sua novidade metodológica. Nejar abandona a preocupação classificatória dominante em nossos críticos literários. O que o interessa é exaltar o artista no que tem de valioso.

(Nelson Mello e Souza)



Poeta de projeção nacional e internacional, o gaúcho Carlos NEJAR, inspirado artesão, constrói um poema como se constrói um edifício.

(Stegagno-Picchio)



Carlos Nejar, poeta da Poesia, mais que dos versos. Porque o verso é muitas vezes perecível (…) e o que assegura a permanência do poeta, é a poesia: a palavra que fala ou que se cala, além dos limites do verso (…) Poeta da revelação do Deus Vivo (…) e o enraizamento a um tempo humano e ético-humano, porque ético e ético, porque humano, o que explicita no poeta cidadão. E até publicitário de sua terra, de sua nação, de seu continente, todo voltado pelas vias do pensar e do sentir, para a instauração de relações abertamente emancipatórias.

(Eduardo Portella)



Carlos Nejar é, talvez, de todos os poetas vivos e ativos no Brasil, aquele que maior número de estudos suscita em torno de sua obra. Ou
melhor: aquele em torno de quem, apesar dos inúmeros artigos, vai criando, uma polêmica acirrada: há os que o exaltam ao máximo, considerando-o, e não sem razão, o maior nome já surgido na poesia brasileira. Pois esse gaúcho construiu uma obra poética de alcance e profundidade tais que pode ser tranquilamente colocado entre “os grandes” deste século. Trata-se, de fato, de um fenômeno único entre nós (…).

(Fernando Py)



Carlos Nejar é um inventor de cosmogonias. Um criador de mundos.

(César Leal)



Carlos Nejar, como todo grande criador, portador, intérprete e encarnação de uma imensa experiência do mundo, da vida, do homem e das coisas.

(Lêdo Ivo)



Uma grande e bela poesia, de um autêntico poeta, que domina a linguagem com mão sábia e amplia a existência do que existe.

(Ferreira Gullar)



Carlos Nejar não é apenas um grande poeta, mas também, merecedor de sua especial e testemunhada admiração.

(José Saramago)



A idade da aurora haverá de figurar na obra do poeta, como a Invenção do Orfeu se encaixou na de Jorge de Lima, momento de transe, um desses instantes de transformação (…) Nejar tenta reescrever as questões da origem do homem brasileiro, trazendo o índio para o diálogo com a civilização. (Fábio Lucas)



Mas há na poesia de Carlos Nejar, paralela à toda a sua criação, uma obra em progresso, espécie de comédia humana em miniatura, ou painel poético da humanidade.

(Pedro Lyra)



Livro denso, intenso e distenso, OS VIVENTES não revela sobras, quando seria justamente o contrário o que dele se poderia esperar. E tais sobras não existem porque aí o autor logrou encontrar o tom de cada poema, o registro do timbre adequado a cada uma das sete seções, a dicção específica de cada personagem. (…) Nejar opera o milagre de conferir a todas elas o que lhes concerne no que toca ao diapasão, ao estilo, ao ritmo e à verdade de cada uma, como a deste “Napoleão Bonaparte”, que nos diz:” Quando a morte viu,/ eu nela me deitava./ Principiei a dormir / Com minha cara./ E a máscara.” Graças à sua linguagem tensa, clara e distanciada da situação ou persona humana que se dispõe a evocar e ao correlato objetivo da emoção de que se vale o autor para nelas não se enredar enquanto pessoa, OS VIVENTES é obra maior de nossa poesia contemporânea.”

(Ivan Junqueira. POESIA E POETAS, págs.423 a 430, editora Girafa, S. Paulo, 2005).



Outro intérprete dos mais abalizados, Ivan Teixeira, (professor livre docente de Literatura Brasileira na ECA-USP, tendo se aposentado como full professor da mesma disciplina pela University of Texas at Austin,USA), em recente artigo sobre a 3ª edição de OS VIVENTES, assim se manifesta, depois de registrar a tendência à organicidade dos livros de Carlos Nejar e seu muralismo, que descreve com perfeição sua estrutura na sua construção de epopeia contemporânea, em “O Campeador e o Vento”(1966),que suporta com perfeição, tanto a poesia mítica, como a de intervenção social, assevera:” Os Viventes reinventam, em densa captação abstrata do tempo, momentos exemplares de toda a história do homem. Persiste aqui a técnica da poesia mural, em que as partes isoladas chamam a atenção sobre si, sem prejudicar o fluxo narrativo do conjunto. O poema divide-se igualmente em dez partes, as quais se subdividem em pequenas unidades. Cada uma dessas unidades recompõe, em traços mais insinuantes que precisos, uma personagem do longo discurso histórico que o autor toma como matéria. Partindo do Velho Testamento, o livro de Nejar passa pela Idade Média, demora-se no Renascimento e vem aos dias atuais. Há um efeito mágico nesse livro, pois ninguém julgaria viável a hipótese de que um painel tão extenso e diversificado subsistisse como projeto estético. Pois não só subsiste como desafia a incredulidade do leitor contemporâneo, posto que o livro é tão ousado quanto eficiente em sua maravilhosa arquitetura. Nela, poesia e pintura se fundem na busca de um poema de grandes dimensões – ora dominado por uma espécie de sublime moderado, ora diversificado pelo humor dos contrastes inesperados. Sem se afastar das vozes contemporâneas, Nejar restaura técnicas da pintura clássica e moderna, no sentido de reinterpretar episódios e personagens da tradição consagrada dos grandes relatos. Tal como nos tetos e em telas da pintura italiana, ele redimensiona, em imprevista enumeração, a queda de Adão e Eva, a ascensão de Elias, a cegueira de Saulo, o perfil de Camões, a astúcia de Vieira e as cismas de Pascal. Reescreve também esculturas, pinturas e outras realizações do engenho europeu e brasileiro. Restaura Cristo e a Ressurreição. Sem contar a surpresa do projeto, é provável que sua força e atualidade decorram igualmente do contraste entre a dimensão original das matérias e a perícia leve dos versos, predominantemente curtos e ágeis, mas sempre adequados e persuasivos.(…) Evidenciando mistura de matérias e mescla de estilos, a obra recompõe ainda inúmeros tipos sociais e estereótipos psicológicos do interior do Brasil. Situações absurdas, cenas improváveis se harmonizam com a atmosfera de exceção das outras unidades do livro. Do mesmo modo, como nos demais núcleos temáticos de Os Viventes, aqui as personagens ganham voz e falam de si mesmas, iniciando o discurso no meio do assunto, como se fizessem parte da vida do leitor. Parece demonstrável a hipótese de que tal técnica de construção, além de revelar sabedoria poética, insinue a convicção conceitual de que a História, podendo ser um fluxo contínuo de eterno retorno, será igualmente estrutura que se reinventa em cada gesto de criação artística. É improvável que um leitor atual de poesia (sem preconceito, portanto) deixe de admirar, por exemplo, o poema que reescreve a traição de Judas. Trata-se de obra-prima da brevidade e implosão semântica, sendo belo ainda pelo metro e pelas imagens, que insinuam o sombrio perfil do protagonista. O remorso pende da árvore, assim como escorre o dinheiro na teia da delação. Cristo pregado na cruz, Judas dependurado no arbusto: ambos igualmente punidos pela ousadia das convicções extremas(refere-se ao poema que é epígrafe deste pedido). Os Viventes não se confundem com livro de erudição, serão antes um compêndio de sabedoria poética. Nesse sentido, serão também um livro de paródias, no sentido de remodelar a tradição. Invulgar o autor revela-se, entre outras hipóteses, na capacidade de condensar um traço típico em cada personagem, que todavia se revela nova quando comparada com os antecedentes históricos da matéria. Há muitos Davids na escultura italiana, sendo igualmente singulares. A leitura de Os Viventes não cansa e pode, sem perda da sequência, saltar de uma parte a outra – porque em cada poema irrompe o efeito de completude, posto que a agudeza das partes não esconde o engenho do conjunto. Sem deixar de ser poesia, será também ficção em verso.”

(Revista Metáfora, n. 2, novembro de 2011, S. Paulo, ora inclusa)



O reconhecido crítico e pesquisador suíço Gustav SIEBENMANN, em “Poesía e poéticas do siglo XX em la América Hispana e no Brasil “, Madrid, Espanha, na coleção Gredos, 1997, situa Carlos NEJAR entre os 37 poetas –chaves da América hispânica, ao lado de VALLEJO, de BORGES, de NERUDA, de Octavio PAZ e de alguns outros, de 18901990, entre autores memoráveis (pp. 11, 186, 240. 398-401), livro que se anexa.



Na rigorosa Revista « World Literature Today», pela segunda vez (a primeiro, no vol. 53, Winter 1979, com poemas traduzidos por Richard Preto Rodas), Nejar aparece, esta vez no vol. Winter 2002, da Oklahoma University, Oklahoma, USA, entre os deza melhores poetas brasileiros:: “The best brazilian poetry of the last 10 years”, by Glauco Orlano, Modern Languages and Literature of the Oklahoma University.



Também a Quartely Review of Literature, pp.1-65, Princeton, New Jersey, USA, Poetry Series III, nº XXII, en 1973, traduziu ao inglês o livro « Canga(Yoke: Jesualdo Monte) «, de Carlos Nejar, através da tradutora M. PICCIOTTO.Além disso, pelo seu aniversário pelos 50 anos, Quartely Review of Literature nº XXXII-XXXIII, Princeton, New Jersey, incluiu NEJAR, com uma parte da tradução de « Idade da Aurora»(The age of the dawn), por Madeleine PICCIOTTO, entre os grandes poetas do século, ao lado de PONGE, CAVAFY, SEFERIS, Rafael ALBERTI.



A mais famosa revista portuguesa:: Colóquio/Letras, da Fundação Gulbenkian, Lisboa, publicou numerosos estudos sobre este poeta brasileiro, notadamente o de nº 86, de julho 1985, intitulado: “O projeto épico de Carlos NEJAR”, por Donaldo Schuler, pp. 33-40, onde «a
epopeia se engaja na construção do futuro», doc. Incluso. E a última publicação desta mesma revista n. 159/160, de janeiro/junho, 2002, contém uma análise magnífica de Antonio Carlos SECCHIN: « No panorama da moderna poesia brasileira, NEJAR ocupa uma posição consolidada(a dos poetas os mais importantes) e sob diferentes aspectos, à contra-corrente de suas tendências mais evidentes. Este poeta prefere dialogar com as grandes vozes da poesia do mundo ocidental ((DANTE, GOETHE, mais próximos, POUND et ELIOT) do que com as dos seus contemporâneos. Verbo ilimitado. Verbo porta-voz dos ventos, e dos abalos sísmicos,que se alia ao tom profético e místico e que sabe se unir às canções da bem-amada (documento incluso).



É opinião do poeta espanhol, ENRIQUE MOLINA CAMPOS, que « a poesia de Nejar, tão rica e tão funda, necessita de mais repousada leitura para entregar-se, inteira. De extraordinário vigor, força natural entre a fala e o silêncio»(Barcelona, 1979).E para o antologiador , do mesmo país, XOSÉ LOIS GARCÍA, « Carlos Nejar é uma das personalidades mais brilhantes da atual poesia brasileira. Tem a visão do ser humano desde os vários espaços analíticos. Sua lucidez poética passa pela denúncia contra os agentes totalitários. Com vocação humanista, respiram seus poemas um prodigioso fulgor e transparência iinimitável « (Antología de la Poesía Brasileña, edicións Laiovento, Barcelona, 2001).



“Esse ver fundo” que caracteriza a poesia nejariana, compõe e aperfeiçoa o filósofo no poeta e o poeta no filósofo. Daí porque foi escolhido pela unanimidade dos integrantes da ACADEMIA BRASILEIRA DE FILOSOFIA para a indicação ao Nobel. E são estas as palavras de recepção do ora subscrevente, quando o grande criador gaúcho tomou posse na mencionada entidade, com lugar de relevo na cultura nacional: “Se todo o poeta é de algum modo filósofo, ainda que nem todo o filósofo seja poeta, poucos poetas são plenamente filósofos. É o caso de Carlos Nejar.(…), pois como ele próprio o afirma,”o poeta só é pensador na medida em que é poeta”.(…) Em seu conceito de gênio, Schiller analisava que « todo verdadeiro gênio deve ser ingênuo ou ele não é gênio». A pureza natural do gênio é o mais alto grau na escala dos valores estéticos e morais. A pureza e a ingenuidade são necessárias também ao filósofo.(…) E Carlos Nejar é natureza no sentido schilleriano, não procura a natureza perdida, já que a não perdeu. Antes, pelo contrário, é dela guardião.(…) William Carlos William dissera que « o poema é máquina de palavras, e para nós, Carlos Nejar é máquina de obras de arte, uma verdadeira usina criadora, um vulcão expelindo rochas de arte em fusão, pedra da criação, inundando a terra brasileira de artefatos da mais fina sensibilidade artística. Máquina de poemas, máquina de romances, máquina de ensaios, máquina de pensar, máquina de voar, máquina de viver; antimáquina ! Sua obra tem o cheiro da terra, cheiro da chuva, cheiro do silêncio». (Discurso de recepção na Academia Brasileira de Filosofia, Rio, primeiro de outubro de 2001, ora anexo).

Ademais, trata-se de um romancista inovador na ficção em língua portuguesa, se bem que que Clarice LISPECTOR, hoje internacionalmente reconhecida, compara Carlos Nejar a ela, com admiração. Para o enciclopedista e tradutor de Joyce,r Antonio HOUAISS, “sua criação tão intensa, tão passional da condição humana busca, enquanto ‘homo sapiens, atingir os cumes da solidariedade humana. O que é dado, em todos os tempos, à muito poucos – os em que cuja normalidade – contém uma parte de loucura e uma outra parte de santidade”(Rio, 1995). O que fez com que o Presidente da instituição postulante, num artigo chamado “O assombro da imaginação criadora” (jornal O Globo, Rio, 1999), adverte que Nejar “inaugurou um novo paradigma de romance, santificando a loucura artística”. O que é confirmado em “Carta aos loucos ” (1998) e antes na “obra-prima”, para Antônio Houaiss, “O Túnel Perfeito” (1993). No ano de 2000, editou “Riopampa (ou o Moinho das Tribulações)”, que recebeu “O Prêmio mkachado de Assis”, como melhor romance do ano, pela Fundação da Biblioteca Nacional. E entre outros, vale lembrar « O Evangelho Segundo o Vento»(Ed. Escrituras, São Paulo, 2002), considerado por Alfredo BOSI, renomado crítico, como a demonstração de que « NEJAR é um poeta sem fronteiras e para a portuguesa Ana Marques GASTÃO, como “uma espécie de música cognitiva, afirmando uma utopia sublime, lugar do escândalo verbal”, enquanto que Oscar GAMA FILHO sustenta que “o autor incorpora o realismo à habilidade de desconstruir para construir, para integrar, com Joyce e Guimarães Rosa, cada um à sua maneira, a trindade do romance”.



E em seu romance, trabalho de dezesseis anos, A engenhosa Letícia do Pontal (2003), um D. Quixote de saias, foi vista pelo crítico, Ruy Camara, como “obra de imponderável conteúdo que não corre o risco de perecer, por se manter afastada do tempo (…) e a realidade é tão grande qua ela não se presta aos sonhos”. Eduardo Portella, sempre rigoroso, admite ser o livro em questão “Uma admirável proeza de linguagem

É preciso não esquecer NEJAR como autor de teatro, “Teatro em versos (1998)”, reunindo oito peças dramáticas (Miguel Pampa, Fausto, Ulisses, Fogo branco ou Vozes do Brasil, Joana das Vozes e Auto do Juízo final), algumas representadas mais de 4.000 vezes por vários grupos cênicos, sobretudo no Rio Grande, para Antonio HOHLFELDT, “caso único, muito singular na literatura de língua portuguesa”.



Ainda há o autor de livros para a infância e adolescência, que mereceram o “Prêmio Monteiro Lobato»,om votação de mais de cem críticos, em 1987, no Rio e o ‘Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte”, de São Paulo, em 1988, para Era um vento muito branco, sendo de sua criação também, A formiga metafísica(1989), Zão (1990), Tumin, o passarinho, (2a edição Global, 2001, São Paulo. O candidato ora apresentado ao Comitê do Nobel, é membro de muitas instituições culturais do Brasil e no Exterior, desde a Academia Brasileira de Letras, como já aludiu, ao Pen Clube do Brasil, à Academia de Cultura Portuguesa, em Lisboa. Detêm ainda inumeráveis os prêmios, desde o cobiçado « Jorge de Lima», do Instituto Nacional do Livro (1971), ao Luíza Cláudia de Souza, do Pen Clube do Brasil (1977), o « Prêmio Cassiano Ricardo», do Clube de Poesia de São Paulo (1996), três vezes premiado pela Associação paulista de Críticos de Arte, recebendo ainda o « O Prêmio Erico Verissimo pela obra, da Prefeitura de Porto Alegre(1981). « O Troféu Guri», neste ano, pela RBS,(maior empresa de comuunicação do Rio Grande), aos que se distinguiram no plano da cultura e do empresariado, entre tantos outros que não cabe nominar. Foi condecorado no seu estado natal com a mais alta Comenda, “Ponche Verde”, em 2010 e também pelo governo de Minas Gerais, com a grande “Medalha da Inconfidência”, no mesmo ano.



Não é menor do que o Poeta, a pessoa de Carlos NEJAR, Cidadão honorário de Porto Alegre, de Brasília, do Espírito Santo, é Procurador de Justiça do Rio Grande do Sul aposentado, foi escolhido para o Conselho Nacional de Educação, participou do Conselho Nacional de Política Cultural do Governo da república, um Humanista, que não se filia a outro partido, que o da Condição humana, árabe de procedência judaica, que defende a união dos dois povos, por trazê-los no sangue. Atualmente exerce a advocacia em Brasília, junto ao Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. Casado há 24 anos, com a Dra Elza Griffo Almeida Nejar, sua maravilhosa companheira, a ponto de o poeta a ela assim se referir: “Sem ela, fico sem mim”.



Por fim, outros motivos nos levam ao apoio à candidatura do que é considerado por alguns, como “O Poeta do Pampa Brasileiro» e por outros, como « Poeta da Condição humana”, há sete livros editados sobre ele, desde o pioneiro « Carlos Nejar e a « Geração de 60″, de Nelly Novaes Coelho, editora Saraiva, de São Paulo, 1971; “A Poética de Carlos Nejar», de Ernani Reichmann e Temístocles Linhares, através da Universidade do paraná, Curitiba, em 1973; « Carlos Nejar, poeta e pensador «, do Dr. Giovanni Pontiero, da Universidade de Manchester (tradução do inglês, por Noel Delamare), o mesmo que verteu à língua de Shakespeare, vários livros de Clarice Lispector e José Saramago; – A metapoesia na obra infanto-juvenil de Carlos NEJAR, de Beatriz ABAURE, Vitória, 2001; – O espessamento poemático de Carlos NEJAR, de Guillermo de la CRUZ CORONADO, Éd. Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1981. E mais dois livros publicados por ocasião dos setenta anos do poeta, aludidos no item 2, deste pedido. Devendo ainda designar a atividade literária intensa de Carlos Nejar, integrando muitas Antologias, entre as quais sublinhamos: Poesia Brasileira do Século XX, sélection, introduction et notes de Jorge Henrique Bastos, Porto, 2002; Os cem melhores poetas brasileiros do século, seleção de José Nêumane Pinto, 2001; Os cem melhores poemas do século, préface et sélection de Ítalo Moriconi, Rio, 2001; Literatura Portuguesa e Brasileira, organização de João Almino et Arnaldo Saraiva, Porto, 2002; São Paulo; O guia conciso da literatura brasileira, da Fundação da Biblioteca Nacional. E o que não se pode omitir. O poeta gaúcho participa das duas antologias de poetas brasileiros na Alemanha, organizadas por CURT-MEYER CLASON: Brasilianische Poesie des 20 Jahrunderts, Berlin, 1971, pp. 153 –156 e Modernismo Brasileiro – und die brasilianische Lyrik der Gegenwart, Berlin, 1997, pp. 135 –139. CURT-MEYER CLASON admite que NEJAR é um dos mais importantes poetas do Brasil contemporâneo. Integra, igualmente, a Lateinamerika – stimmen eines Kontinents – Prosa, Lyric, Theater, Essay, par Günter W. Lorenz, Tübingen und Basel, 1975, p. 408 e 491, onde assevera que « na criação de Nejar há um élan, um vigor que a poesia europeia ignora no novo mundo, desde García Lorca». NEJAR participa igualmente da Anthologie de la Nouvelle Poésie Brésilienne, de Serge Borjea, trad. de Maria Arminda de Souza Aguiar et Marcella Mortara, p. 20-45,D´Harmittan, Paris, onde o escritor do pampa é considerado como « um dos grandes valores eda poesia brasileira contemporânea. Sua poesia fala da angústia do homem e denuncia uma ordem social injusta e defende a liberdade». NEJAR integra ainda: Poeti Brasiliani Contemporanei, organização de Sílvio Castro, Veneza, 1966 e a publicação Scrittori Brasiliani, seleção e tradução de Adelino Alepe (ed. bilingue), pp. 495-496, Napoli, Italia, 2003. Assinala-se ainda as traduções de poemas de Nejar em inglês, húngaro, servo-croata, francês (várias antologias), e em alemão, figurando na lista de livros editados no Exterior, como Revistas francesas: ARPA, Revue de Poésie nº 73-74, publicou “La férocité des choses”, traduction de Raymond Farina, Paris, France; La Sape, nº 54, in: “Deux poètes brésiliens contemporains” (Anthologie), tradução de Regina Machado, Paris, France, 2000; e ala revue Le Nouveau Recueil, nº 64, publicou “Construction de l’aurore”, traduction de Raymond Farina, septembre-novembre 2002, Champ Vallon, France.



É preciso acrescentar a tradução ao alemão, de apurado cuidado Von der Grausamkeit der Dinge (La férocité des choses), de Carlos NEJAR, trad. de Kurt Scharf, Salzburg, Austria, 2003, com a anexação de um exemplar, ed. Jung und Jung, (documento incluso). – La Edad de la Aurora: la Fundación del Brasil, de Carlos NEJAR, Ed. Ateliê editorial, S.Paulo, trad. de Virgílio López Lemus, grande poeta, tradutor e doutor em Letras da Universidade de Havana, Cuba, 2003 e no mesmo ano, foi editado em Havana, o mesmo volume pela Editorial Arte y Literatura, coleção Lira, onde Virgílio López Lemus observa: « Estou certo de que este livro é imprescindível aos poetas de qualquer lugar do mundo, assim como obra que oferece gozos e revelações aos leitores acostumados à alta poesia». – Faust, de Carlos NEJAR, tradução ao alemão, por Kurt Scharf, e Fausto, tradução ao espanhol, de Santiago Orosco. – Somos Poucos, Peuplade, em francês, por Noël Delamare. – Mei cari vivi, (Meus estimados vivos) e Antologia Personal de vento e amore, tudo com prefácio em italiano de Vera Lúcia de Oliveira, Perugia.